
“A pesar de todas as dificuldades, a pesar de todos os obstáculos que um sistema económico, que de resto não poderia ter sido outro, lhes levantou, os homens mostraram sempre o seu desejo de cooperação, o gosto da vida em comum em que possam auxiliar-se, puseram sempre como ideal um estado de sociedade, uma organização em que não teriam de separar o seu interesse individual do interesse da comunidade, em que os dois aspectos da sua vida na terra formassem um todo e lhes dessem a harmonia, a paz, a tranquilidade interior que os homens buscam acima de tudo.”
A Cooperativa, que agora estrutura o trabalho de economia social desenvolvido na herdade do Freixo do Meio há varias gerações, pretende essencialmente integrar e regular os diferentes usos deste Bem Comum. O objectivo principal é o de compatibilizar a melhoria permanente da relação com os recursos e a obtenção da abundância de bens e de serviços.
Para tal, a Cooperativa de Usuários do Freixo do Meio, Crl, adoptou uma vocação integral embora se centre inicialmente no alimento. Cremos que a abordagem sectorial limita a verdadeira interiorização do Comum, pelo que integramos diferentes sectores autónomos:
- Consumo (sector de referencia)
- Prestação de serviços
- Agroecologia
- Habitação
- Educação
- Saúde
Proprietários, prestadores de serviços, consumidores, habitantes, agricultores, vizinhos e utilizadores lúdicos, entre outros, organizam-se como cooperadores nos diferentes sectores que formam esta instituição reconhecida no âmbito da Lei Portuguesa de Economia Social. A Cooperativa admite ainda cooperantes donatários e investidores, com as salvaguardas necessárias para assegurar os interesses da instituição.
Os princípios que regem a cooperativa são:
- Adesão voluntária e livre
- Gestão democrática pelos membros
- Participação económica dos membros
- Autonomia e independência
- Educação, formação e informação
- Intercooperação
- Interesse pela comunidade
O âmbito de actuação é amplo. Desde logo, fornecer aos seus membros bens ou serviços provenientes da herdade do Freixo do Meio, de projectos agregados, ou ali levados a cabo, ou seja:
- Produção agroecológica
- Transformação e distribuição de alimentos
- Turismo de natureza
- Solidariedade social
- Assistência técnica
- Gestão de lojas
- Restauração
- Contabilidade
- Educação
- Formação técnica e consultoria, aos seus membros e a terceiros
No entanto o modelo estende-se também a actividades complementares, que visam sobretudo a promoção da salvaguarda dos direitos do consumidor e do meio ambiente tais como:
- Actividades de apoio às explorações agrícolas
- Desenvolvimento de produtos de qualidade
- Desenvolvimento sustentável das florestas
- Desenvolvimento tecnológico e experimentação agro-florestal
- Desenvolvimento de serviços agro-rurais
- Requalificação ambiental
- Valorização do ambiente e do património rural
A Cooperativa de Usuários do Freixo do Meio, Crl, iniciou a actividade a 1 de Janeiro de 2018 com o Capital Social de 5.000,00 € (cinco mil euros). No primeiro ano após a admissão, cada cooperador subscreve, pelo menos, 4 títulos de capital (25€) por cada secção em que se inscreva, correspondentes ao montante agregado de 100,00 € (cem euros).
Clique aqui para consultar o artigo publicado no nosso blog sobre o lançamento desta Cooperativa.
Download: Estatutos_Cooperativa_de_Usuarios_do_Freixo_do_Meio_CRL.pdf